Academia Maranhense de Letras



A Academia Maranhense de Letras, inaugurada às dezenove horas do dia 10 de agosto de 1908, também demonstrou resolução de escolher o poeta Gonçalves Dias como seu patrono geral. Fundada no salão de leitura da Biblioteca Pública do Estado (o prédio, a partir de 1950, tornou-se sua sede), contou com vinte cadeiras e, inicialmente, doze participantes: Antônio Lobo, Alfredo de Assis, Astolfo Marques, Barbosa de Godois, Corrêa de Araújo, Clodoaldo de Freitas, Domingos Barbosa, Fran Paxeco, Godofredo Mendes Viana, Inácio Xavier de Carvalho, Ribeiro do Amaral e Vieira da Silva.

Além disso, os estatutos acadêmicos determinavam que mais oito membros seriam acrescentados mediante eleição, também como fundadores.

No dia 7 de setembro desse ano, no mesmo prédio, houve a solenidade da sessão inaugural da academia. Assim, dava-se início às suas atividades.

Seu primeiro presidente foi o professor e historiógrafo Ribeiro do Amaral, por ser, entre seus confrades, o mais velho.

Em seus primeiros passos, a academia contou com a presença marcante de Antônio Lobo, um verdadeiro líder e "agitador de idéias". Graças à sua dedicação intensa, a AML é lembrada hoje pelo cognome Casa de Antônio Lobo.

Sem dispor de sede própria durante muitos anos, os membros da academia reuniam-se amiúde nas residências de seus confrades. Nesse período de dificuldades, houve abandonos e descasos, principalmente por parte da classe política, muito embora alguns dos confrades mais notáveis fossem deputados, senadores, governadores e prefeitos.

Na presidência de Clodoaldo Cardoso, entretanto, deu-se o processo de revigoramento da academia. Entre os acadêmicos então eleitos, o professor e historiador Mário Meirelles (que também comandou a AML) muito ajudou a casa a participar decisivamente no desenvolvimento e consolidação do Ensino Superior no Maranhão.

O prédio

O imóvel construído para sediar a Escola de Primeiras Letras da Freguesia de Nossa Senhora da Vitória, solenemente inaugurado a 28 de .julho de 1874, sediou, em épocas diversas diferentes escolas, abrigando inclusive, em duas ocasiões, a Biblioteca Pública do Estado. Tinha tal função quando, em seu salão nobre, foi fundada a Academia, que nele passou a ter sua sede própria, graças à Lei N° 320, de 3 de .fevereiro de 1949, sancionada pelo Governador Sebastião Archer da Silva.